quarta-feira, 22 de setembro de 2010

MUDAR É PRECISO!

MUDAR É PRECISO!
Noelia de Jesus Silva

O texto, O computador vai substituir o professor?, escrito por Andrea Cecília Ramal  é bastante significativo para nós enquanto educadores e, também, alunos do PROINFO. Estamos nesse curso porque compreendemos a importância de agregar essas novas tecnologias aos nossos trabalhos em sala de aula.
Vários textos já questionaram o modo retrógrado  como as nossas escolas têm funcionado séculos após séculos, não acompanhando a evolução dos novos tempos. Ávidos por passar conteúdos e conhecimentos cumpre-se programas, tantas vezes ignorando as reais necessidades, realidades e interesses dos alunos. Não primamos pelo prazer da descoberta do “novo”, pelas motivações que devem perpassar o construir do conhecimento entrelaçado entre o coletivo e o altamente pessoal.
Lecionamos conteúdos e, apesar de já conhecermos vários pensadores da educação que rejeitaram a idéia de que o aluno seja tratado como ser passivo no processo de ensino-aprendizagem, na prática, assim o tratamos! Quando lhe concedemos a graça de ser agente, normalmente o apontamos como um dos culpados pelo fracasso de nossos projetos, tão bem elaborados! Afinal foi ele que não se interessou, não estudou, não freqüentou as aulas, não prestou atenção, fez pouco caso, etc, etc.  na prática, ainda não aprendemos a admitir nossa parcela de culpa e, se admitimos, muito pouco temos feito para remediar a situação; prova disso é como ainda ministramos nossas aulas.
Seria muito fácil dizer aqui que o professor é o  responsável pelo atraso em que vive mergulhada sua prática de sala de aula (Existem por exemplo laboratório de informática em várias escolas. Então, por que ainda não fez uso desses recursos que são riquíssimos e de grande valia, para despertar nos alunos o gosto pela aprendizagem?). Sem dúvida que o professor é responsável, mas não é o único e, talvez não seja o principal. Não se pode ignorar toda a força de um sistema que investe pesado, há séculos, para que a educação não dê certo, principalmente nas escolas públicas. Continua não sendo interessante para a maioria que está no poder, que a escola seja revolucionária e realmente forme cidadão capazes de construir conhecimento, questionar e transformarr a própria realidade. Convém que os conhecimentos continuem sendo passados nas escolas de forma enlatada, cabendo a professores e alunos o papel de cumprir programas.
Consta em orçamentos estaduais e federais o alto investimentos feito com a compra de PC para as escolas públicas. Muitos desses aparelhos já estão quebrados por manuseio ou espaço s inadequados, por falta de manutenção; muitos professores não usam os laboratório de informática porque lhes falta domínio de noções básicas de informática, falta horário que lhe permita acesso a esses laboratórios; os alunos e, muitos professores, não dispõem de computadores em suas casas para acompanhar atividades ... Enfim, os laboratórios de informática nas escolas é algo que a princípio encanta, mas seu  funcionamento é surreal.
O que fazer? Abrir mão desses parcos recursos que chegam até nós, e nos contentarmos com nossas aulinhas oscilando entre papel, quadro e, de vez em quando, as luzes de um retroprojetor? O mundo sempre foi colorido e em tempos pós-moderno como o nosso, é também virtual. Cabe a nós, professores comprometidos com a causa da educação, como sempre nos coube, como guerreiros que sempre fomos, continuar burlando o sistema e, apesar da precariedade dos recursos e condições de uso desses, conectar nossas salas de aula com o mundo.
Algumas  janelas já começaram a ser abertas por alguns professores, em suas salas de aula  e estão fazendo a diferença. Se muitos outros fizerem isto, esta diferença se tornará visível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário